ESG e LGPD: o que essas siglas têm em comum?

Entenda a importância da LGPD e das práticas ESG e para empresas que buscam se destacar no mercado.

Ambas as siglas são acrônimos que estão cada vez mais comuns no vocabulário dos empresários brasileiros, principalmente depois de 2018. A sigla ESG é um acrônimo para Environmental, Social and Governance, quando LGPD é um acrônimo para Lei Geral de Proteção de Dados. 

Com o crescente interesse em práticas empresariais responsáveis, a sigla ESG tem sido cada vez mais utilizada para definir critérios ambientais, sociais e de governança (tradução literal do acrônimo). 

Por outro lado, a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) estabelece regras para a proteção e uso seguro de dados pessoais. 

Mas afinal, o que significam essas siglas e qual a relação entre elas? Descubra neste texto tudo sobre ESG e LGPD e como elas podem impactar a forma como as empresas atuam no mercado atual.

O que é ESG?

A ESG é um acrônimo de Environmental, Social and Governance, que traduzido significa “ambiental, social e governança” e é utilizado para avaliar as práticas e desempenho de empresas. 

A importância desses critérios vem crescendo significativamente nos últimos anos, conforme investidores, consumidores e outros stakeholders buscam empresas que estejam comprometidas com a sustentabilidade e responsabilidade social.

A avaliação ESG pode incluir uma variedade de indicadores e métricas, dependendo do setor e da região em que a empresa atua. Alguns exemplos de critérios ambientais incluem a gestão de resíduos, uso de energias renováveis, emissão de gases de efeito estufa e gestão de recursos hídricos. 

Já os critérios sociais podem incluir a diversidade e inclusão, segurança no trabalho, direitos humanos e relacionamento com a sua comunidade, que inclui não só os colaboradores internos, mas também os externos como fornecedores e clientes. 

Por fim, os critérios de governança estão ligados à administração interna da empresa, para avaliar a estrutura de governança da empresa, anticorrupção, ética empresarial, transparência e prestação de contas.

Para empresas que desejam ser bem avaliadas em ESG, é importante adotar práticas sustentáveis e responsáveis em todas as áreas de negócio, demonstrar transparência nas suas operações e prestar contas de forma adequada. 

Cada vez mais investidores estão considerando as métricas ESG em suas decisões de investimento, e empresas que não cumprem com esses critérios podem sofrer consequências, como perda de investimentos e clientes, refletindo diretamente na saúde financeira da empresa.

O que é LGPD?

A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) é uma legislação brasileira criada em 2018 que estabelece regras para a proteção e uso seguro de dados pessoais. A lei somente entrou em vigor em setembro de 2020 e é aplicável a qualquer empresa que processa dados pessoais de brasileiros, mesmo que esteja sediada no exterior.

A LGPD define dados pessoais como qualquer informação que possa identificar uma pessoa física, direta ou indiretamente, como nome, endereço, telefone, e-mail, número de CPF, entre outros. A lei exige que as empresas obtenham o consentimento explícito dos titulares dos dados antes de coletar, armazenar ou utilizar suas informações pessoais. 

Além disso, a LGPD estabelece direitos aos titulares de dados, como o direito de acessar, corrigir, excluir ou portar seus dados pessoais.

As empresas que não cumprem com as regras da LGPD podem ser multadas em até 2% de seu faturamento, limitado a R$ 50 milhões por infração. Além das multas, as empresas podem sofrer danos à sua reputação e confiança dos clientes, parceiros e investidores.

A LGPD tem como objetivo proteger a privacidade e segurança dos dados pessoais dos brasileiros e incentivar as empresas a adotar boas práticas de segurança da informação. Por isso, é fundamental que as empresas se adequem à lei e invistam em segurança cibernética para proteger os dados pessoais de seus clientes e usuários.

Qual a importância do ESG e LGPD para sua empresa?

A adoção de práticas ESG e a conformidade com a LGPD são fundamentais para empresas que buscam construir uma reputação sólida e duradoura no mercado atual. 

A preocupação com a sustentabilidade e responsabilidade social é cada vez mais presente entre consumidores, investidores e outros interessados, e a LGPD é uma legislação essencial para proteger a privacidade e segurança dos dados pessoais de clientes e usuários.

Adotar práticas ESG pode gerar benefícios significativos para as empresas, incluindo maior resiliência a riscos ambientais e sociais, melhoria na gestão de recursos e redução de custos operacionais. Além disso, a adoção de práticas ESG pode aumentar a satisfação e lealdade dos clientes e a atração e retenção de talentos.

A conformidade com a LGPD também é essencial para garantir a confiança e fidelidade dos clientes, além de evitar multas e danos à reputação da empresa. Ao adotar medidas de segurança da informação e conformidade com a LGPD, as empresas podem demonstrar comprometimento com a privacidade e segurança dos dados pessoais de seus usuários.

Em resumo, a adoção de práticas ESG e a conformidade com a LGPD não são apenas importantes do ponto de vista ético e moral, mas também podem gerar benefícios significativos para as empresas, incluindo maior estabilidade financeira com redução de danos e riscos, como a  satisfação do cliente e dos investidores. 

Por isso, é fundamental que as empresas considerem esses critérios em sua estratégia de negócio.

Qual o princípio do ESG?

A sigla ESG refere-se aos critérios ambientais, sociais e de governança que as empresas devem levar em conta em suas operações. Esses critérios se tornaram cada vez mais importantes nos últimos anos, não apenas como uma questão de ética e responsabilidade social, mas também como uma forma de gerar valor para as empresas e seus colaboradores.

Existem diversos princípios associados aos critérios ESG, e cada um deles pode ser aplicado de diferentes formas de acordo com as características de cada empresa e setor. Alguns dos princípios mais comuns incluem:

Sustentabilidade ambiental ou do meio ambiente: as empresas devem considerar o impacto de suas operações no meio ambiente, buscando reduzir sua pegada ecológica, investindo em fontes renováveis de energia, adotando práticas de reciclagem e tratamento de resíduos, entre outras iniciativas que resultem em redução de danos ao meio ambiente.

Responsabilidade social: as empresas devem levar em conta o impacto de suas operações na sociedade, buscando contribuir para o desenvolvimento econômico e social das comunidades internas (colaboradores e empregados) e externas (fornecedores, clientes e local) em que atuam. 

Isso pode incluir, por exemplo, investimentos em educação, saúde, cultura, pluralidade, direitos humanos e até mesmo a proteção de dados.

Governança corporativa: as empresas devem ter uma estrutura de governança eficiente e transparente, com processos claros e mecanismos de prestação de contas. Isso pode incluir a adoção de práticas de gestão de risco, a independência do conselho de administração, a transparência na divulgação de informações, sistemas anticorrupção, entre outras iniciativas.

Em outras palavras, os princípios ESG têm como objetivo garantir que as empresas atuem de forma responsável e sustentável, levando em conta os impactos de suas operações no meio ambiente, na sociedade e na governança corporativa. 

A adoção desses princípios pode gerar benefícios significativos para as empresas, incluindo maior resiliência a riscos, aumento da satisfação e lealdade dos funcionários e clientes.

Por que uma empresa deve se importar com a LGPD?

A conformidade com a LGPD é fundamental para as empresas que buscam construir uma reputação sólida e duradoura no mercado atual, e tem sido uma preocupação relevante dos investidores e colaboradores, afinal uma boa administração com metas e a apresentação e preservação de dados confiáveis a longo prazo podem ter mais valiosos que resultados econômicos. 

A LGPD em seu art. 17 estabelece forma clara os seus objetivos:

“Art. 17. Toda pessoa natural tem assegurada a titularidade de seus dados pessoais e garantidos os direitos fundamentais de liberdade, de intimidade e de privacidade, nos termos desta Lei.”

Neste sentido, a proteção de dados pessoais é uma questão de extrema relevância e cada vez mais importante para consumidores, investidores e outros colaboradores, e as empresas devem levar isso em conta para não enfrentar consequências negativas para sua imagem e reputação. 

Afinal, a não conformidade com a LGPD pode resultar em multas significativas, que podem chegar a até 2% do faturamento da empresa, limitação do tratamento de dados e outras sanções que podem prejudicar a operação e a saúde financeira da empresa.

Desta forma, uma empresa deve se importar com a LGPD para garantir a privacidade e segurança dos dados pessoais dos seus usuários, proteger a sua imagem e reputação, evitar sanções e multas, e demonstrar comprometimento para colaboradores e investidores.

Mas afinal, o que o ESG e a LGPD têm em comum?

Apesar de tratarem de questões diferentes, ESG (Environmental, Social and Governance) e LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) têm em comum a preocupação com a responsabilidade das empresas em relação aos seus colaboradores e a importância da transparência em suas operações.

Tanto a adoção dos critérios ESG quanto o cumprimento da LGPD exigem uma postura ética e responsável das empresas, levando em conta aspectos ambientais, sociais e de governança, além do respeito à privacidade e segurança dos dados pessoais.

No mais, dentro do Governance está totalmente incluso a LGPD, faz parte de uma boa governança a boa gestão e a proteção dos dados. Não só faz parte como é um grande diferencial para investidores e para reter bons funcionários ou atrair novos talentos, pois um ambiente saudável, transparente e organizado é um grande atrativo. 

Cabe informar também, que a integração entre a ESG e a LGPD, traz uma grande evolução não-financeira para as empresas e é um fato que a maioria dos investidores levam em consideração fatores não-financeiros na hora de tomar decisões de alocar recursos.

Como incorporar o ESG junto a LGPD?

A incorporação do ESG (Environmental, Social and Governance) junto à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) para ser de uma maneira eficaz as empresas devem seguir algumas práticas, tais como:

  • Adotar uma postura ética e responsável em relação ao uso dos dados pessoais dos usuários, levando em conta aspectos ambientais, sociais e de governança.
  • Promover a transparência em suas operações, divulgando informações sobre suas práticas de tratamento de dados pessoais e sobre suas ações para promover a sustentabilidade e a responsabilidade social.
  • Implementar políticas e práticas de gestão de riscos, a fim de minimizar os riscos associados à coleta, armazenamento, processamento e compartilhamento de dados pessoais, bem como os riscos ambientais, sociais e de governança.
  • Estabelecer metas e indicadores para medir o desempenho ambiental, social e de governança da empresa, e avaliar o impacto de suas práticas de tratamento de dados pessoais.
  • Promover a educação e a conscientização dos colaboradores e colaboradores em relação à importância da proteção de dados pessoais e da sustentabilidade.

Esta incorporação não é só necessária, como obrigatória para empresas comprometidas com o crescimento próprio e de seus colaboradores. Uma empresa responsável e transparente, adequada às normas é um diferencial de destaque no mundo corporativo.

Quais os riscos de não implantar uma estratégia LGDP na sua empresa?

A não implantação de uma estratégia LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) na sua empresa pode trazer diversos riscos, tanto para a privacidade e segurança dos dados pessoais dos usuários quanto para a reputação e a sustentabilidade da empresa e automaticamente a saúde financeira. 

Alguns dos principais riscos são as sanções e multas. A LGPD prevê multas e sanções para empresas que não cumprem as obrigações previstas na lei, podendo chegar a 2% do faturamento da empresa, limitado a R$ 50 milhões por infração. Apesar de parecer inofensivo, 2% pode ser bem relevante e pode resultar em impactos financeiros significativos para a empresa.

Além disso, a ocorrência de danos pelo descumprimento da LGPD, causa danos à imagem e à reputação da empresa e podem ser cruciais para garantir seu desenvolvimento. 

A não proteção dos dados pessoais dos usuários pode levar a vazamentos de informações sensíveis, isso pode afetar a relação com clientes, fornecedores e outros interessados, resultando em perda de confiança em negócios e até mesmo perda de aportes financeiros por parte de financiadores.

Há também a perda de vantagem competitiva, pois a adoção de boas práticas de proteção de dados pessoais pode ser um diferencial competitivo para a empresa, ao mesmo tempo em que a não adoção pode afastar clientes e fornecedores  e investidores que valorizam as questões não-financeiras como a proteção de dados e a privacidade.

Outro risco relevante da não implantação da LGPD é a possibilidade de processos judiciais. A não proteção dos dados pessoais dos usuários pode levar a ações judiciais, como processos por danos morais e materiais, além de gerar custos extras com o acompanhamento processual.

Isto posto, é importante que as empresas adotem práticas transparentes, éticas e responsáveis em relação ao tratamento de dados pessoais e sua organização em relação a ESG, garantindo a conformidade com as obrigações previstas na lei.

Como um advogado especialista pode te ajudar neste processo?

O advogado especialista em LGPD e ESG poderá auxiliar a empresa na elaboração e implementação de políticas e práticas relacionadas à privacidade e segurança dos dados pessoais dos usuários. 

Ele poderá ajudar a empresa a mapear os dados pessoais que são coletados, armazenados, processados e compartilhados, bem como a elaborar políticas de gestão de riscos relacionados a esses dados.

Além disso, o advogado especialista pode ajudar a empresa a garantir a conformidade com as obrigações previstas na lei, evitando sanções e multas por descumprimento da legislação. 

Ele pode auxiliar na elaboração de políticas de privacidade e termos de uso, na realização de treinamentos para colaboradores, organizar a realização de auditorias e testes de segurança, e na elaboração de planos de resposta a incidentes de segurança.

Em conclusão, ter acesso a um advogado especialista de sua preferência irá lhe garantir, além de tudo, tempo para se dedicar a atividades de maior relevância para seu cargo, colocando na mão de gente especializada tais tarefas, aumentando a chance de êxito na proteção de dados e na organização geral da empresa.

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Caso ainda tenha alguma dúvida, entre em contato com um advogado de sua confiança. Ele dará todo o direcionamento que você precisa para melhor resolução do seu caso. 

Leia também: Como aplicar a LGPD em sua empresa!

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